quinta-feira, 19 de novembro de 2009



O que muda no Brasil




TREMA
Deixará de existir em todas as palavras (ex: lingüiça será escrito como “linguiça”), com exceção para nome próprios
HÍFEN
Não será mais usado nos seguintes casos:
Quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente (Ex: extra-escolar será escrito como) “extraescolar”;
Quando o segundo elemento começar com r ou s. Nesse caso, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada (Ex: anti-semita e contra-regra serão escritos como “antissemita” e “contrarregra”;
Outra regra para o hífen é a de incluí-lo onde antes não existia, nos casos em que o primeiro elemento finalizar com a mesma vogal que começa o segundo elemento (ex: microondas e antiinflamatório serão escritos como “micro-ondas” e “anti-inflamatório”.
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais o acento para diferenciar:
“pêra” (substantivo - fruta) e “pera” (preposição arcaica)
“péla” (flexão do verbo pelar) de “pela” (combinação da preposição com o artigo)
“pára” de “para” (preposição)
“pêlo” de “pelo” (combinação da preposição com o artigo)“pólo” (substantivo) de “polo” (combinação antiga e popular de “por” e “lo”)
ACENTO CIRCUNFLEXO
Deixará de existir em:
palavras que terminam com hiato “oo” (Ex: vôo e enjôo serão escritos como “voo” e “enjoo”)
terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos dar, ler, crer e ver (ex: Lêem, vêem, crêem e dêem serão escritos como “leem”, “veem”, “creem” e “deem”)
ACENTO AGUDO
Será abolido em palavras terminadas com “eia” e “oia” (ex: idéia e jibóia serão escritos como “ideia” e “jiboia”.
Nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “feiúra” e “baiúca” passam a ser grafadas “feiura” e “baiuca”
Nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem
ALFABETO
O alfabeto agora contará com as letras “k”, “w” e “y”, somando um total de 26 letras

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Hiato

Nova regra
O hiato 'oo' não é maisacentuadoenjôo, vôo, corôo, perdôo,côo, môo, abençôo, povôoenjoo, voo, coroo, perdoo,coo, moo, abençoo, povôoO hiato 'ee' não é maisacentuado

Como era
crêem, dêem, lêem, vêem,descrêem, relêem, revêemcreem, deem, leem, veem,descreem, releem, revêem

Como fica
para (verbo), pela(substantivo e verbo), pelo(substantivo), pera(substantivo), pera(substantivo), polo(substantivo)
Todos já sabem das novas regras da ortografia da língua portuguesa, pór mais que pareça ser fácil é difícil lembrar das “novas” palavras, afinal, estamos acostumados com a língua de uma forma e fica difi9cil desaprender de uma hora para outra.
Tentando melhorar essa situação é possível encontrar guias que ajudam na nessas novas regras, isso é muito bom, pois assim podemos aprender e memorizar as novas maneiras de escrever certas palavras.
A internet é o lugar perfeito para aprender a nova ortografia da língua português, pois muitos sites educativos já têm disponíveis esses guias, tanto professores como pessoas que querem aprender podem baixar no computador todas as regras e as novas formas da escrita.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O “h”

Muito tem se falado sobre o “h”, que este sumiu definitivamente de algumas palavras. Bom, de acordo com o acordo ortográfico não se sabe que o “h” desapareceu assim sem deixar vestígios.
Em Portugal, a palavra “húmido” recebia o “h” que, neste caso, foi suprimido. Mas, até então, é o único caso constatado, o qual não afeta diretamente a língua escrita no Brasil.
O h mantém-se por etimologia nos casos que conhecemos: hoje, homem, humor, hora, haver, hélice, bem como nas adoções convencionais: hã?, hem?, hum!. Da mesma forma acontece com a supressão já consagrada: erva, ao invés de herva e também das interjeições: ah!, oh!. Nos casos de aglutinação, o “h” é englobado no seu precedente e desaparece: desumano, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver. Vale lembrar que nos casos de palavra composta o hífen é empregado quando o segundo termo começa com “h”: pré-história, anti-higiênico, contra-haste, etc. Assim, nosso “som mudo” continua marcando presença, mesmo que caladinho no cantinho dele!
Por que uma nova reforma da ortografia?


Argumentos a favor

Øa Língua Portuguesa é a única que tem (tinha) duas grafias oficiais;
Øsimplicidade de ensino e aprendizagem;
Øunificação de todos os países de língua oficial portuguesa;
Øfortalecimento da cooperação educacional dos países da CPLP (o português pode se tornar um dos idiomas oficiais da ONU);
Øpreparação de um vocabulário técnico-científico comum.


Cronologicamente

Ø1943– Em vigência até 2008.
Ø1971 –Mudam alguns acentos gráficos (êle/ele; sòmente/somente; sôbre/sobre; sózinho/sozinho...).
Ø1990 – Celebrado o Acordo que foi assinado pelos sete países lusófonos – CPLP. Unificação da ortografia portuguesa, que, para entrar em vigor, cada país deverá ratificar.
Ø2008 – Em 29 de setembro, foi assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva o Decreto 6.586 que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.
Ø2009 – Entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009 a nova ortografia da Língua Portuguesa aprovada em 1990.
Ø2012 – Encerra-se o prazo de implantação da Reforma Ortográfica (quatro anos para a implantação plena do acordo).

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Uso do hífen
com prefixos

As observações a seguir referem-se ao
uso do hífen em palavras formadas por
prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou
por elementos que podem funcionar
como prefixos (aero, agro, auto, eletro,
geo, hidro, macro, micro, mini,
multi, neo etc.).
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar
com a mesma letra com que se inicia
a outra palavra. Exemplos:
micro-ondas
anti-inflacionário
sub-bibliotecário
inter-regional
3. Não se usa o hífen se o prefixo
terminar com letra diferente daquela
com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
autoescola
antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a
outra palavra começar por r ou s, dobram-
se essas letras. Exemplos:
minissaia
antirracismo
ultrassom
semirreta
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se
o hífen também diante de palavra iniciada
por r. Exemplos:
sub-região
sub-reitor
sub-regional
sob-roda
2. Com os prefixos circum e pan,
usa-se o hífen diante de palavra iniciada
por m, n e vogal. Exemplos:
circum-murado
circum-navegação
pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex,
sem, além, aquém, recém, pós, pré,
pró, vice. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-rei
4. O prefixo co junta-se com o segundo
elemento, mesmo quando este se
inicia por o ou h. Neste último caso,
corta-se o h. Se a palavra seguinte começar
com r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos:
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
cosseno
5. Com os prefixos pre e re, não se
usa o hífen, mesmo diante de palavras
começadas por e. Exemplos:
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição
6. Na formação de palavras com ab,
ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra
começada por b, d ou r. Exemplos:
ad-digital
ad-renal
ob-rogar
ab-rogar

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ACENTUAÇÃO

Como era: Assembléia, platéia, idéia, colméia, paramóia, Coréia, Jibóia.Nova regra: Não se acentuam os ditongos abertos - ei ou oi - nas palavras paroxítonas.OBS: acento nos ditongos - éi ou ói - permanece nas palavras oxítonas e monossílabas tônicas de som aberto: herói, constrói, dói,anéis, papéis, anzóis.O acento no ditongo aberto - éu - permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu.
Uso do hífen
com compostos

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas
que não apresentam elementos
de ligação. Exemplos:
guarda-chuva, arco-íris, boa-fé,
segunda-feira, mesa-redonda,
vaga-lume, joão-ninguém,
porta-malas, porta-bandeira,
pão-duro, bate-boca
* Exceções: Não se usa o hífen em
certas palavras que perderam a noção
de composição, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé,
paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hífen em compostos que
têm palavras iguais ou quase iguais,
sem elementos de ligação. Exemplos:
reco-reco, blá-blá-blá,
zum-zum, tico-tico,
tique-taque, cri-cri, glu-glu,
rom-rom, pingue-pongue,
zigue-zague, esconde-esconde,
pega-pega, corre-corre
3. Não se usa o hífen em compostos
que apresentam elementos de ligação.
Exemplos:
pé de moleque, pé de vento,
pai de todos, dia a dia, fim de semana,
cor de vinho, ponto e vírgula, camisa
de força, cara de pau, olho de sogra
Incluem-se nesse caso os compostos
de base oracional. Exemplos:
maria vai com as outras,
leva e traz, diz que diz que,
deus me livre, deus nos acuda,
cor de burro quando foge,
bicho de sete cabeças,
faz de conta
* Exceções: água-de-colônia, arco-
-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará,
à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre
cujos elementos há o emprego do
apóstrofo. Exemplos:
gota-d’água, pé-d’água
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas
derivadas de topônimos (nomes
próprios de lugares), com ou sem
elementos de ligação. Exemplos:
Belo Horizonte —
belo-horizontino
Porto Alegre —
porto-alegrense
Mato Grosso do Sul —
mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte —
rio-grandense-do-norte
África do Sul —
sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que
designam espécies animais e botânicas
(nomes de plantas, flores, frutos,
raízes, sementes), tenham ou não elementos
de ligação. Exemplos:
bem-te-vi, peixe-espada,
peixe-do-paraíso,
mico-leão-dourado,
andorinha-da-serra,
lebre-da-patagônia,
erva-doce, ervilha-de-cheiro,
pimenta-do-reino,
peroba-do-campo,
cravo-da-índia
Obs.: não se usa o hífen, quando os
compostos que designam espécies botânicas
e zoológicas são empregados
fora de seu sentido original. Observe a
diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta
ornamental) - bico de papagaio
(deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) -
olho de boi (espécie de selo postal).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal
colocado sobre a letra u para indicar
que ela deve ser pronunciada nos grupos
gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas
nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram
reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V WX Y Z
As letras k, w e y, que na verdade
não tinham desaparecido da maioria
dos dicionários da nossa língua,
são usadas em várias situações. Por
exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades
de medida: km (quilômetro), kg (quilograma),
W (watt);
b) na escrita de palavras estrangeiras (e
seus derivados): show, playboy, playground,
windsurf, kung fu, yin, yang,
William, kaiser, Kafka, kafkiano.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ortografia brasileira é o conjunto de regras oficiais que determina nossa escrita. Nossa ortografia tem um vínculo histórico e social profundo com a variante culta do idioma. Tradicionalmente, as regras ortográficas consideram apenas a variante culta e podemos dizer que não existe nenhuma ortografia oficial para as demais variantes da nossa língua.
No Brasil, as regras ortográficas oficiais têm sido definidas pela ABL (Academia Brasileira de Letras). Os principais documentos que regem nossa ortografia são:
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Esta obra, organizada pela ABL, determina atualmente a grafia de mais de 360.000 registros lexicais. Sua versão on-line pode ser consultada no site da ABL.
Formulário Ortográfico. Aprovado pela Academia Brasileira de Letras em 13 de agosto de 1943, estabelece as diretrizes para a elaboração do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Lei Federal nº 5765 de 18 de dezembro de 1971. Introduziu algumas alterações nas regras ortográficas, ligadas especialmente ao uso de diacríticos.
Decreto Legislativo do Senado Federal nº 54 de 18 de abril de 1995. Aprova o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Esse acordo tem por objetivo criar uma ortografia unificada para todos os países lusófonos, ou seja, que adotam o português como língua oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Em função de atrasos na sua implantação, teremos ainda um período de transição até que as mudanças trazidas pelo acordo sejam uma realidade. Em função disso, nosso trabalho não considera as mudanças previstas no acordo.
A documentação brasileira oficial sobre ortografia não é descritiva, nem rigorosa e, muito menos, abrangente. Sua característica principal é a preocupação de ressaltar as diferenças entre os estágios anterior e posterior à sua implantação. O Formulário Ortográfico, por exemplo, ocupa-se em boa parte de seu texto de explicitar as mudanças implantadas a partir de 1943.
As lacunas deixadas pela documentação ortográfica oficial são preenchidas por outros agentes da língua. Nessa tarefa, atuam gramáticos, lexicógrafos, editores e estudiosos variados. Mais recentemente, ganharam importância os manuais de estilo das grandes editoras e dos jornais de grande circulação, que servem como referência em questões ortográficas, principalmente nas formações recentes.
A ortografia brasileira segue as convenções gerais das transcrições romanas, que não trataremos aqui, partindo diretamente para nossas especificidades.